Sobre o mais liso
do seu ventre
onde a montanha declina
e cai em depressões
ornadas com minusculos,
muito pequenos pincéis,
com as suas gotas diminutas,
ali nos bordos ondulados,
vou utilizar
para o assalto
os beijos que podem
guiar o amor
através de depressões.
Com os meus beijos
farei equilibro nas inclinações,
emprestarei a minha vida
ao risco de amar,
molharei os meus lábios
nessas gotas
empurradas pelo calor
da minha mão.
Esperarei seguidamente a manhã.
Sonharei
mais uma outra vez
que tenho morado sempre
na sua metade,
no seu centro,
no seu abismo
onde nada nem nenguem
pode me descovrir.
Acordarei sem dor.
Abrirei os meu olhos,
e sem poder sentir-me
nem mesmo um milésimo
humilhado,
suplicarei mais e mais beijos.
Gustavo F. Soppelsa
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