divendres, 20 de febrer del 2009

Dormir beijando


Sobre o mais liso

do seu ventre

onde a montanha declina

e cai em depressões

ornadas com minusculos,

muito pequenos pincéis,

com as suas gotas diminutas,

ali nos bordos ondulados,

vou utilizar

para o assalto

os beijos que podem

guiar o amor

através de depressões.

Com os meus beijos

farei equilibro nas inclinações,

emprestarei a minha vida

ao risco de amar,

molharei os meus lábios

nessas gotas

empurradas pelo calor

da minha mão.

Esperarei seguidamente a manhã.

Sonharei

mais uma outra vez

que tenho morado sempre

na sua metade,

no seu centro,

no seu abismo

onde nada nem nenguem

pode me descovrir.

Acordarei sem dor.

Abrirei os meu olhos,

e sem poder sentir-me

nem mesmo um milésimo

humilhado,

suplicarei mais e mais beijos.

Gustavo F. Soppelsa